A prisão de Mauro Cesar Cid (foto), ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi autorizada por Alexandre de Moraes nesta quarta-feira (3) por apresentar “risco concreto de reiteração criminosa”. As análises do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), com base em relatórios da Polícia Federal, apontam que o esquema de adulteração de carteiras de vacinação —que chegou até o ex-presidente— começou para beneficiar a esposa do militar.
“Mauro Cesar Barbosa Cid, de acordo com os elementos colhidos até a presente data, iniciou o esquema criminoso, pois necessitava obter o certificado de vacinação contra a Covid, para que sua esposa se passasse por indivíduo imunizado e com isso, pudesse viajar para os Estados Unidos da América, infringindo as medidas sanitárias relacionadas a pandemia do Covid, impostas por aquele país”, escreveu Moraes em sua decisão.
Ele estaria em uma associação criminosa desde novembro de 2021 ao lado de Luis Marcos dos Reis e Ailton Gonçalves Moraes. De acordo com as investigações, Cid teria se negado a tomar a vacina e impedido seus filhos de fazer o mesmo. O relator diz não ser “crível” que Bolsonaro não soubesse de nada.